O biógrafo de Steve Jobs, o jornalista e executivo americano Walter Isaacson, foi o entrevistado do Roda Viva, na TV Cultura, em 5 de março. Caio Túlio Costa foi um dos entrevistadores ao lado do apresentador Mario Sergio Conti, de Ethevaldo Siqueira (colunista especializado em tecnologias digitais do jornal O Estado de S. Paulo); Paula Leite (editora assistente do caderno Mercado do jornal Folha de S. Paulo); Carlos Eduardo Lins da Silva (professor de pós-graduação de Jornalismo da ESPM e editor da revista Política Externa) e Todd Benson (diretor de redação da agência Reuters no Brasil).
Ex-presidente da rede americana de TV CNN e ex-editor da revista Time, Isaacson já escreveu biografias de personalidades como Albert Einstein, Benjamin Franklin e Henry Kissinger. Atualmente, ele é o presidente do Aspen Institute, um dos mais relevantes think tanks voltados à formação de estrategistas e à educação.
Conforme informou o site da TV Cultura, o Roda Viva foi o único programa na imprensa brasileira a entrevistar Isaacson em sua curta passagem pelo Brasil no mês de março de 2012.
O livro já vendeu mais de 10 milhões de exemplares nos EUA (a metade disso em versão digital), 2 milhões na China e mais de 120 mil no Brasil.
Ainda no site da TV Cultura se lê que a obra de Isaacson seria o mais definitivo perfil do líder da Apple. Sobre o homem que teve a imagem partida entre os cultuadores que o definem como “gênio” e outros tantos que questionam sua originalidade, Isaacson conclui: “A saga de Steve Jobs é o mito de criação do Vale do Silício em letras graúdas… Ele não inventava muitas coisas de estalo, mas era um mestre em juntar ideias, arte e tecnologia de um jeito que inventava o futuro”.
A entrevista foi gravada no sábado, 3 de março. Ele esteve apenas dois dias no Brasil por conta de compromisso do Aspen Institute e dedicou-se ao Roda Viva antes de embarcar de volta para os EUA.
Os entrevistadores perguntam em português e as respostas de Isaacson, em inglês, são legendadas.
Isaacson não se recusou a responder nenhuma das perguntas e deu vários detalhes sobre a feitura da biografia de Jobs, falou de jornalismo e tecnologia, do futuro dos jornais e revistas em papel (ele considera que continuarão existindo), de direitos autorais na web (que precisam ser respeitados), da formação do jornalista, do trabalho em governos, de ações humanitárias e do ofício do biógrafo.
Leia também resenha do livro sobre Jobs escrita por Caio Túlio Costa.